sábado, 28 de maio de 2011

Musculação Terapêutica

Musculação é um termo que se refere á prática dos exercícios resistidos, geralmente realizados com pesos. Os fatores que justificam a atual popularidade dos exercícios com pesos são a eficiência e a segurança. Nenhum tipo de exercício é superior á musculação para os objetivos de fortalecimento dos músculos, tendões e ossos. Com isso, consegue-se o importante efeito de proteção e alívio das articulações, saudáveis ou doentes.




Por outro lado, na musculação os exercícios são facilmente adaptáveis para a presença de doenças ou lesões, permitindo a seleção adequada de cargas e amplitudes dos movimentos, assim como do gráu de esforço. O corpo é sempre mantido nas posições mais confortáveis e seguras e os esforços podem ser mais suaves do que caminhar. Por todas essas razões a musculação é ferramenta clássica tanto da fisioterapia quanto do treinamento esportivo. Cada vez mais se documentam efeitos da musculação no estímulo á saúde geral, incluindo os aspectos cardiovasculares. Importantes efeitos terapêuticos têm sido documentados em relação a doenças de diversas naturezas, como é o caso das artroses, artrites, desgastes dos discos intervertebrais, tendinites, instabilidades articulares, osteoporose, obesidade, hipertensão arterial, diabetes, entre outras.




A musculação está sendo muito preconizada para idosos porque consegue reverter rapidamente e com segurança muitos dos efeitos indesejáveis do envelhecimento sedentário.






Hoje em dia algumas academias estão ministrando programas de musculação específicos para idosos e crianças obesas a partir dos 10 anos de idade. Não existe mais desculpa para não praticar exercícios.


Fonte: Revista Musculação & Fitness, Ano 15, 2011, Número 83, pág 64.


sábado, 14 de maio de 2011

Os mitos e tabus do abdômen

Acho que as perguntas que mais respondi nesses 15 anos de carreira foram essas.

1) Abdominal tira a barriga?

Sim e não. Se a barriga proeminente for fruto de uma flacidez, o exercício abdominal faz o músculo voltar a posição anatômica normal, ou seja, realmente a barriga diminui, porém, se a barriga for causada por excesso de gordura abdominal o exercício não vai adiantar pois a fonte energética usada nesse exercício é o carboidrato. Para utilizar predominantemente a gordura devemos fazer exercícios aeróbios nas aulas de Step, Jump, Aeróbica, Budô Fit e outras ou fazermos caminhada, corrida, natação etc e além disso fazer uma dieta adequada prescrita por um nutricionista.


2) Barriga de chope diminui com exercícios abdominais?

Não. A barriga de chope nada mais é do que acúmulo de gordura na região abdominal. Cada grama de álcool tem aproximadamente 7 calorias, e um copo de 300ml de chope tem algo em torno de 120 calorias, logo a bebida ingerida em excesso engorda.



3) Abdominal emagrece?
Não. Emagrecer siginifica diminuir o percentual de gordura corporal mas o abdominal consome predominantemente o carboidrato e gasta pouquissimas calorias.



4) Aparelhos que dão ''choques'' ajudam a perder a barriga?

Não. Aparelhos de estimulação elétrica não trazem nenhum resultado significativo para a perda de gordura, segundo vários artigos ciêntificos. Esses aparelhos promovem um pequeno ganho de força e por isso são muito usados na fisioterapia e em trabalhos de reabilitação pós-cirúrgicos.


5) Fazer centenas de abdominais por dia define o abdômen?

Não. O abdômen é um músculo como qualquer outro, logo deve ser treinado seguindo os mesmos princípios dos outros músculos do corpo. ''Definir'' o abdômen significa reduzir a capa de gordura e aumentar (hipertrofiar) o músculo para que ele ''apareça''. Isso se dá com a combinação de trabalho aeróbio, abdominais com poucas repetições e sobrecarga e obviamente uma dieta equilibrada.


Fonte: Revista Muscle In Form, ano 13, Edição 66, 2011, pág 60






domingo, 8 de maio de 2011

Treinamento Funcional na ginástica



Muitas questões estão sendo colocadas sobre o treinamento funcional ultimamente. O conceito de especificidade para melhores resultados tem sido violentamente colocado como o primeiro mandamento do treinador e por esse motivo as aulas de ginástica que se utilizam do método tem sido criticadas sem piedade. Concordo que aprender uma enorme quantidade de exercícios usados em treinamento funcional e aplicá-los na sala de ginástica de forma leviana, ou seja, sem uma metodologia específica não significa que você esta realmente trabalhando com o treinamento funcional pois acredito no conceito da especificidade, porém, o treinamento funcional tem sido usado na preparação física de times de futebol, basquete, volei e outros esportes coletivos a anos com excelentes resultados.





O que os críticos precisam entender é que a aplicação dos princípios do treinamento funcional na sala de ginástica é uma coisa nova e tudo que é novo tende a mudar no decorrer do percurso. Tenho orgulho de dizer que sou o pioneiro da Ginástica Funcional em São José dos Campos e apesar de estar munido de um arsenal de exercícios e de metodologias sou prudente na aplicação pois é muita coisa nova e a maioria dos alunos mesmo os veteranos não vivenciaram determinados tipos de movimentos e treinamentos.



Vem sendo um delicioso desafio criar rotinas de treinamento que trabalhem os exercícios funcionais dentro de uma estrutura verdadeiramente funcional e mais delicioso ainda ver o negócio funcionar literalmente dentro da sala.





domingo, 1 de maio de 2011

Budô Fit



O símbolo acima significa Bushidô. Em japonês ''Bushi'' significa guerreiro e ''Dô'' caminho, ou seja a palavra Bushidô significa ''o caminho do guerreiro'', porém a palavra pode ser simplesmente abreviada e chamada de Budô. Fit é a abreviação de uma palavra chamada Fitness que inglês tem diversos significados mas o mais usado é ''condicionamento físico''. Budô Fit então significa ''Condicionamento físico através do caminho do guerreiro'' ou ''O caminho do guerreiro para o condicionamento físico''. É uma aula de ginástica criada e desenvolvida por mim em 2003 que mistura diversas artes marciais e algumas artes de combate.





O surgimento dessa aula se deve a diversos fatores mas resumindo eu resolvi mesclar o meu conhecimento técnico das diversas artes marciais que pratiquei com os conhecimentos do fitness de combate para criar uma aula diferenciada no mercado das academias. Após intensa pesquisa acabou nascendo dentro da academia Fitness Point em 2003 a aula de Budô Fit. A primeira digamos arte marcial que pesquisei foi o boxe inglês representado pela foto acima da histórica luta entre Evander Hollifield X Mike Tyson onde o Iron Man (apelido do Tyson) arrancou um pedaço da orelha do Hollifield. Pesquisei especificamente os métodos de preparação física do boxe e comecei a testa-los em mim mesmo.




Depois assisti algumas aulas de Tae Kwon Do para relembrar o sistema de preparação física pois pratiquei esse arte marcial por 3 anos chegando até a faixa azul, aprimorei meus chutes e resolvi aplicar o sistema de organização do TKD (Tae Kwon Do) na aula como formação, cumprimento específico no início e cumprimento específico no final da aula. Além disso a forma de treinar a parte técnica de todos os golpes da aula veio do sistema do TKD.



O Kickboxing americano foi uma luta que pratiquei por apenas um ano chegando a graduação azul e é mais ou menos a união do TKD com o Boxe inglês a diferença é que tem alguns golpes de perna que não existem no TKD. Sem dúvida nenhuma Jean Claude Van Damme o cara da foto acima me inspirou a querer praticar essa luta e a repetir a pose da foto coisa que nunca consegui mas tudo bem. O sistema de preparação física me inspirou a criar um sistema de graduação de nível dos alunos fundamentado em nível de condicionamento físico.




A Capoeira foi uma luta que pratiquei na faculdade de educação física como matéria experimental por um ano, só deu para aprender o básico mas o interessante foi o sistema de preparação física diferenciado fundamentado em exercícios de força utilizando o peso do próprio corpo. Na fase localizada da aula usava constantemente alguns exercícios da Capoeira.



Muay Thai o boxe tailândes é uma luta que infelizmente não pratiquei, porém, a parte física e técnica pratiquei muito nas aulas de Body Combat. A diferença do Muay Thai para o Kickboxing é que no Muay Thai são usados os joelhos e os cotovelos para golpear, golpes que são proibidos no Kickboxing. Não sei o motivo mas a minha parte preferida da aula era a coreografia de Muay Thai.




O filme Karatê Kid me inspirou a praticar Karatê pois da mesma forma que o Daniel San da foto acima eu sofria Bulling na escola e apanhava praticamente um dia sim e um dia não, quando entrei no karatê estilo Goju Ryu apanhava todo dia pois todos os alunos eram mais velhos e mais fortes e eu tinha o corpo parecido com o do Daniel San. Pratiquei por um ano e resolvi meus problemas de Bulling quebrando o nariz do valentão da escola, ninguém mais mexia comigo, antigamente as coisas eram resolvidas no mano a mano atrás da escola, hoje em dia os valentões atacam de turma, é preciso ser mais inteligente do que lutador. Do karatê eu usei muito os katas que eu mesmo criava e alguns que fui buscar no youtube.





Os filmes dos monges Shaulin e de Bruce Lee me fizeram pesquisar sobre os métodos de treino e coreografias com armas que são a marca dessa arte milenar. Os katis versão chinesa dos katas do karatê e o Tai chi Chuan versão digamos mais light do Kung fu foram as técnicas que mais usei, porém, não deixei de usar as técnicas de Jet Kune Do do Bruce Lee nas coreografias. O Kung Fu me inspirou a criar um sistema de graduação para os alunos fundamentado no estilo dos animais e em cores semelhante ao sistema de faixas do Karatê. O aluno iniciante era chamado de Bushi Branco e usava uma camiseta branca, a graduação seguinte era a de camiseta amarela representada pelo animal Fênix, tive uma aluna que tatuou uma Fênix nas costas depois da graduação, em seguida vinha a camiseta laranja e o animal era o Tigre, logo após vinha a camiseta verde onde o animal era o Dragão que era o último animal. Em seguida vinham as forças da natureza camiseta azul representada pela Tsunami, camiseta roxa pelo Ciclone e por último a camiseta vermelha representada pelo fogo. A camiseta preta era reservada apenas para os professores. Todo esse sistema funcionava dentro da aula de Budô Fit clássica.




A defesa pessoal feminina era um workout que eu ministrava mensalmente na academia e depois de um tempo comecei a ministrar semanalmente. Pesquisei os métodos de defesa pessoal de todas as artes marciais orientais e do Brazilian Jiu Jjitsu. O treino rolava no final da última aula da semana e as vezes em aulas especificas. Vocês devem estar se perguntando porque narrei a estrutura da aula no passado. Infelizmente depois que sai da academia Fitness Point não consegui implantar a estrutura clássica do Budô Fit em nenhuma outra academia. Tive que optar por uma estrutura mais comercial fundamentada em pré-coreografias e em aulas de circuito.


Estou disponibilizando a estrutura clássica para quem quer fazer aulas de Personal, nesse caso posso desenvolver a técnica, os desafios de graduação e a defesa pessoal feminina de forma eficiente e eficaz se alguém quiser praticar o Budô Fit tradicional é só entrar em contato.