quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O crescimento do Wellness


Esse ano de 2009 foi muito interessante, muita correria, muito trabalho, cursos, alguns treinamentos e muitas aulas de ginástica com muitos alunos novos. Não sei se esse sentimento é exclusivamente meu mas uma parte significativa de pessoas não esta mais malhando com aquele foco na estética, dei aula pra muita gente nova que entrou na academia com uma outra cabeça e pra muita gente veterana que esta afim de desenvolver outras habilidades.
Alunas com 20 anos de ginástica estão fazendo mais aulas Zen como Pilates e Alongamento do que aulas exterminadoras de calorias e formadoras de corpos sarados. Aos poucos estou adicionando nas minhas aulas de Ginástica Localizada tradicional exercícios de Pilates e Treinamento Funcional e a aceitação tem sido muito boa, como eu trabalho a mente junto com o corpo os alunos aprendem as diferenças entre os exercícios localizados, funcionais e de pilates e acredito que isso é muito importante para fidelizar a clientela. Os alunos precisam aprender a treinar e saber oque estão treinando.
Aos poucos vejo esse lado Wellness crescer gradativamente e a mentalidade Fitness ir diminuindo. Tenho certeza que muita gente que ler essa afirmação vai negar com todas as suas forças mas não dá para tapar o sol com a peneira. Tenho turmas de Alongamento e de Localizada Funcional mais lotadas que aulas de Jump, Step e Combat.
Trabalhei em uma academia que prefiro não falar o nome para não dar cartaz pra ela onde eu dava aulas de Alongamento de 40 minutos e ao mesmo tempo rolava uma aula de Spinning e outra de Jump Fit ambas de 60 minutos e muitas vezes eu tinha mais alunos na minha aula do que nas duas aulas juntas.
Algumas pessoas justificaram esse fenômeno ao fato de que na parte da manhã só existiam aulas de alongamento nas terças e nas quintas e em apenas um horário e aulas de Jump Fit e Spinning eram aulas que tinham praticamente todos os dias e várias vezes por dia. Mesmo assim me senti feliz pela preferência pois a uns 5 anos atrás nenhum professor de ginástica que eu conheço iria acreditar nessa história. A mentalidade esta mudando e eu estou preparado para a década do Wellness. E vocês?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Treinamento Funcional

O que é treinamento funcional?

- Tipo de treinamento físico focado em desenvolver habilidades específicas e capacidades físicas específicas através de exercícios classificados como funcionais para individuos atletas ou não atletas de todas as faixas etárias. (Giovanini, 2009).

Essa é a minha definição da modalidade. No último final de semana (04/07 e 05/07) eu fiz o curso Core 360 em São José dos Campos na Cia Athletica. Na postagem anterior vocês leram que eu afirmei que 2009 é o ano do treinamento funcional. Após esse curso acredito mais nessa nova tendência. Metodologia simples, exercícios básicos, eficientes e eficazes, flexibilidade na adaptação estrutural do programa e muita variação de movimentos. É um programa de exercícios quase perfeito ciêntificamente pois se adapta as necessidades do individuo.

O Core 360 formatado pelo professor Luciano de Lia em parceria com a Body Systems Latin America recomenda o treinamento funcional como uma ferramenta de trabalho que deveria ser usada para o treinamento personalizado. Como professor de ginástica apaixonado pela profissão não tem como dizer que vou usar essa preciosa ferramenta apenas como Personal Trainer. As aulas de ginástica que eu vivenciei na Fitness Brasil souberam bem como combinar exercícios de treinamento funcional com exercícios tradicionais de ginástica e acredito que com o passar do tempo isso será cada vez mais comum de se ver.

Após uma exaustiva pesquisa encontrei trabalhos de grandes mestres da ginástica que estão usando exercícios funcionais nas suas aulas. O americano com descendência francesa Patrick Goudeau o primeiro campeão americano de ginástica aeróbica em 1988 tem uma série de vídeos de ginástica usando a metodologia. No Brasil esse trabalho vem sendo feito a algum tempo pela professora Carol Macário com sua aula de nome Funcional Core Zone. A Fitpro liderada pela mestra Cida Conti em parceria com a Fitness Beat lançou um equipamento chamado Ginastick para combinar exercícios localizados e funcionais.

Em um futuro não muito distante exercícios funcionais serão comuns e quem não souber aplicar os conceitos estará totalmente fora do mercado do Fitness. Por falar em Fitness esse é um termo que vai sumir do mapa em breve, o termo Wellness esta cada vez mais forte pois atende as espectativas dos praticantes de atividade física da atualidade. Marombeiros e saradonas de plantão podem espernear e bater o pé mas não vai ter jeito, as coisas já mudaram e vão continuar mudando. As salas de musculação e de ginástica vão mudar e muito.

Eu já estou preparado psicológicamente para esse futuro que esta cada vez mais perto. Melhor do que falar é mostrar. Vejam abaixo algumas aulas de ginástica que usam o treinamento funcional.




quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fitness Brasil 2009

Pela 15 vez eu participo da Convenção Fitness Brasil e também do Workout Fitness Show.
Sem dúvida nenhuma esse ano foi o ano do Treinamento Funcional. No ano anterior foi o ano do Pilates e a cada ano desses 15 que participei uma ou outra modalidade bem como um ou outro professor se destacou.
É muito dificil comparar uma ano com outro pois as coisas evoluem, seria mais ou menos a mesma dificuldade que temos para comparar jogadores de futebol do passado com jogadores atuais.
Então vamos deixar o que ficou para trás e comentar sobre as novidades desse ano.
Primeiro dia do Workout.
- F3
Um circuito de treinamento funcional com a apresentação de vários equipamentos desenvolvidos pela empresa Ka Sports e pela FitnessBeat. Esses equipamentos são bem interessantes quem quiser conhece-los entre no site http://www.kasports.com.br/ e no site da http://www.fitnessbeat.com.br/. O ponto forte da aula foi a diversidade de exercícios e de equipamentos o que motivou os participantes do começo ao fim. O ponto fraco foi a transição de uma estação para outra que gerava uma certa demora para os alunos colocarem os equipamentos e logo em seguida se perdia mais tempo para aprender a sequência de exercícios.
- Fun Street Vibe;
Uma aula de Hip Hop para alunos iniciantes. Cumpriu o seu papel.
- Rubber Local Intervalada;
Metade Local e metade aeróbica de forma intervalada, alguns exercícios diferentes pois o equipamento é diferente. Boa aula.
- A Lógica do Step.
Carol Macário esta na minha lista dos 5 melhores professores de Step do Brasil, por mais um ano consecutivo ela deu um show de Step a melhor aula do primeiro dia.
Segundo dia do Workout.
- Iso Class.
A aula do Rhony é sensacional, misturando técnicas de ginástica olimpica com Yoga e Pilates ele consegue uma aula de condicionamento físico completa de forma inovadora. Vale a pena fazer um curso com esse cara.
- Slide & Power Rubber Class.
Mais uma aula de ginástica localizada intervalada só que dessa vez ao invés de ser aeróbica e local foi Slide e Local com o mesmo equipamento da aula de Rubber Local o Power Rubber. Boa aula.
- Hip Hop Dance
Edson Guiu é o cara do Hip Hop no Brasil, muito carisma, muita energia, muito estilo e muita didática. Para mim foi a melhor aula do segundo dia.
- Body Jam
A mesma competência de sempre mas não impressiona mais ninguém.
- Reebok Circuit Core Experience
Mais um circuito usando técnicas de treinamento funcional, o Power Rubber apareceu de novo e vários exercícios diferentes foram apresentados. Boa aula.
- Burn To Be Alive Aerobic Class
Aula clássica de ginástica aeróbica para matar saudade dos anos 80. Boa aula.
- Foam Roller Stretching
Equipamento novo usado para alongamento. Interessante.
- Kimax Circuit
Confesso que a minha expectativa com essa aula era muito grande, pensei que seria um novo boom no mundo do Fitness de combate, porém, não fiquei impressionado nem emocionado com a aula. Foi legal mas não foi espetacular.
Terceiro dia.
- Circuito Esportivo
Último circuito da convenção e esse optou por usar equipamentos mais tradicionais com excessão do Foam Roller usada na aula de alongamento do dia anterior. Foi bom mas não apresentou tantas novidades quanto os outros.
- Mat Pilates com Banda Elástica.
Para quem já é formado em alguma escola de Pilates nenhuma novidade.
- Latin Dance.
Edson Guiu arrebentou novamente, sou fâ do cara, a aula foi show.
- Step Celebration
Foi a melhor aula do dia e de todo o Workout. Cida Conti chorou no começo após a excelente apresentação de Mônica Tagliari. No meio da aula ela foi sacaneada pelos amigos da Fitpro que interromperam a aula, fizeram uma graça com ela apresentando a ''verdadeira Cida Conti'' uma professora ''imitando o jeitão da Cida'' e depois ela apagou as velinhas de um bolo de aniversário no qual ela comemorou 20 anos como professora da modalidade. Ai após aquela choradera toda a aula voltou com tudo e com gás renovado aprendemos o terceiro bloco, juntamos os três, partimos os blocos e curtimos até o fim. No final no melhor estilo de cumprimento de basquete agradecemos a mestra do Step pela aula.
- Flexi Bar
Quem não tinha feito adorou mas em São José dos Campos nenhuma academia aderiu ao programa de bastão vibratório desde que ele foi lançado a alguns anos atrás.
- House Dance Party
Tati Sanchis é show de bola, ela consegue fazer até o aluno mais cabeçudo dançar repetiu o sucesso do ano passado só que dessa vez inovou com o DJ Henrique Bianchini mixando o House ao vivo.
- Pilates Core Training
Quem não tem formação em Pilates certamente não conseguiu sentir toda eficiência da aula, mas quem tem deve ter sentido dor por uns dois dias seguidos como eu senti.
- Body Combat
Mesma eficiência de sempre mas a fórmula não impressiona mais.
Último dia.
- Tay Energy Class.
Foi uma aula básica de Tai Chi Xuan. Nada adaptado para o mundo do fitness. Movimentos tradicionais, metodologia tradicional mas com um jeitinho brasileiro é lógico. Boa aula.
- Hip Hop Hits.
Uma inovação. Uma aula de Hip Hop sem coreografia. Uma aula que nós professores de ginástica da velha guarda chamamos de aula free style. O professor Henrique Bianchini (o DJ da Tati Sanchis) apavorou no visual Raul Seixas mas segurou a onda nas coreografias. Foram movimentos isolados e combinações simples para não estressar ninguém. Todo mundo curtiu o som e se soltou, porém, os amantes da coreografia como eu ficaram decepcionados.
- Funcional Core Zone.
Carol Macário realmente pesquisa esse treinamento funcional a alguns anos e já adaptou vários exercícios para o mundo do Fitness. Excelente aula e na minha opinião a melhor aula do último dia.
- Celebration.
A equipe da Costa Cruzeiros realmente sabe fazer uma festa, foi show com música ao vivo e ótimas performances dos professores. Deu até vontade de ir para o cruzeiro.
O que esperar de 2010???
Minhas fontes me revelaram que Kangoo Jump estará na área. Vamos aguardar.


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Cross Training



Cross Training ou Treinamento Cruzado é a combinação de várias modalidades em uma rotina de treinamento visando um objetivo específico. O sucesso desse treinamento depende de uma série de fatores e de uma série de detalhes que variam de pessoa para pessoa. Por muitos anos esse tipo de treinamento tem sido usado no esporte de alto nível no começo de temporada quando os atletas estão recuperando sua forma física.


Hoje em dia o Cross Training é usado em academias, porém, muita gente não sabe que ele tem esse nome e até alguns professores desconhecem a existência desse tipo de trabalho. Esse trabalho acaba sendo então executado de forma instintiva tanto por parte dos alunos quanto por parte de alguns professores. O que acontece é que poucos professores dominam todos os setores de uma academia, ou seja, os professores de musculação geralmente não entendem de ginástica que geralmente não entendem de natação que geralmente não entendem de artes marciais que geralmente não entendem de dança. Como pode então um professor orientar o aluno a praticar todas essas modalidades em uma mesma semana???


A palavra bom senso é muito importante nesse momento e o objetivo principal do aluno mais ainda. Vou apresentar alguns exemplos bem comuns em academias.


Exemplo 1: Aluna obesa, sedentária, mais de 30 anos que quer emagrecer.


Na maioria das academias jogariam essa aluna nas aulas aeróbicas de ginástica de preferência nas mais intensas como Spinning e Jump 5 vezes por semana. Entretanto se essa aluna nunca praticou atividade física essa estratégia não funcionará porque ela não terá condicionamento físico para fazer a aula inteira mesmo trabalhando com opções e ela sofrerá um grande desgaste articular com esse treinamento. Sugestões: Musculação 3 vezes por semana com um trabalho de esteira ou bicicleta no final do treino ou aula de Ginástica Localizada combinando com esse mesmo trabalho de esteira após a aula. Por ser sedentária ela precisa de mais atenção para se motivar a continuar a prática de exercícios e tanto a musculação quanto a Ginástica Localizada vão suprir essas necessidades, com o passar do tempo ela se sentirá mais confiante e terá as articulações mais protegidas para encarar outros tipos de atividades como aulas de Step, Jump e até a aula de Spinning.


Exemplo 2: Aluna obesa, veterana em ginástica que quer perder peso.


Se ela é veterana significa que se alimenta mal ou não treina direito ou os dois motivos. Para atingir seus objetivos essa aluna precisa seguir rigorosamente alguns príncipios. São eles:


- Príncipio da Continuidade: Quanto maior for a sua frequência nas aulas maiores serão os seus ganhos.

- Príncipio da Sobrecarga: Depois de um tempo treinando com pesos o corpo só vai continuar evoluindo se a sobrecarga for aumentada, então, aumente sem medo os pesos dos halteres e das caneleiras. Algumas alunas de ginástica treinam por anos com os mesmos pesos de caneleiras e halteres com medo de ficarem masculinizadas, medo esse que é ridiculo pois para mulheres é preciso ALGO MAIS para ficar masculizada treinando com pesos se é que vocês me entenderam.


Exemplo 3: Aluna obesa, veterana em ginástica que quer perder peso e definir a musculatura.


Para definir a musculatura precisamos entender que é necessário diminuir a gordura corporal como um todo e manter ou aumentar a massa magra (músculos). Isso é muito dificil porque esses dois treinamentos são antagônicos e a dosagem precisa ser adequada para que os resultados de um desses treinamentos não se sobreponha sobre o outro, ou seja, se você treinar muito mais a parte aeróbica do que o treinamento de força você vai perder gordura mais vai também perder massa magra, se você treinar muito mais força do que aeróbico você pode crescer demais e não conseguir a definição que você quer, portanto, é mais dificil mas não é impossível a tão sonhada deifinição muscular, geralmente se treina mais aeróbico no começo e o trabalho de força vai sendo ajustado de acordo com os resultados das avaliações físicas regulares. Detalhe importantissimo, sem avaliação física constante o professor não tem dados para mudar o seu treinamento para que você chegue a tão sonhada definição muscular.


Considerações finais:


Seus objetivos tem que ser claros e hierarquicos por exemplo:


Primeiro quero emagrecer, depois quero aumentar a massa muscular e por último definir os músculos.


Alunos conversem com os seus professores sobre os seus objetivos, professores conversem com os seus alunos sobre os objetivos deles.


sábado, 24 de janeiro de 2009

Jump Fit: Empurrar a lona é preciso



A prof. Cida Conti é formada em Educação Física e ministrou mais de 600 cursos em mais de 20 países. Diretora da Fit.Pro e criadora do programa JUMP FIT, foi premiada pela ''Revista Veja'' como ''Melhor Professora de Ginástica de São Paulo'', e foi eleita ''Melhor Profissional de Fitness em 1995''.

O treinamento de força que inclui o uso regular de pesos livres, máquinas, peso corporal e outros equipamentos, tornou-se uma forma popular de atividade física. Sabemos que o treinamento de força poderá causar aumento da massa magra, ganho de força e potência muscular, além de ser útil como incremento no desempenho físico.

O minitrampolim (Jump) é o equipamento utilizado nas aulas deste programa e, diferentemente da cama elástica, deverá ser empurrado por meio de movimentos com as ''pernas''. Apesar do Jump Fit ser uma atividade cujo objetivo principal é a melhoria da resistência cardiovascular, sabemos que a força e resistência muscular poderão ser substancialmente incrementadas a medida que a lona do trampolim seja empurrada. A musculatura dos membros inferiores trabalha dinamicamente para alcançar a altura desejada nos ""saltitos'' e, quanto mais empurrarmos a lona, mais aumentaremos o componente de força nas aulas.

Alunos iniciantes naturalmente não deverão e nem poderão empregar níveis maiores de esforço na execução dos exercícios compulsórios do programa em função da sobrecarga orgânica decorrente do esgorço exagerado. Porém, á medida que os mesmos se adaptarem ao programa, deveremos estimulá-los para que empreguem níveis superioires de força , empurrando de forma mais intensa a lona do trampolim.

Empurrar o Jump contra a osteoporose

Interpretamos por osteoporeose a perda de massa de um ou mais ossos constituintes de nossos corpos. Como resultado desta perda, essas estruturas apresentarão uma significatica e progressiva fragilidade. Um osso que apresenta poros, certamente não poderá desempenhar suas funções normais, sobretudo a de sustentação do corpo. As células constituintes de nossos ossos estarão depositando constantemente minerais sobre o próprio tecido, toda vez que o mesmo se submeter a níveis superiores de esforço físico. Em função da sobrecarga gravitacional que ocorre quando empurramos vigorosamente a lona do trampolim nas coreografias sobre o Jump, os tecidos ósseos serão significativamente fortalecidos, a exemplo do que ocorre com vários grupos musculares envolvidos na prática do programa.

Porque empurrar a lona é importante?

1) A diminuição de gordura corporal está diretamente relacionada ao gasto de calorias por aula e, quanto mais empurramos, mais calorias gastaremos.

2) O nível de força exercida pelos membros inferiores aumenta á medida que a lona é mais empurrada, resultando em melhor ''shape'' para coxas e glúteos.

3) Estudos comprovam que o trabalho de força poderá trazer grandes resultados no aumento da densidade óssea. Quanto mais empurrarmos, mais força exerceremos com os membros inferiores, otimizando o estímulo proporcionado para ossos e músculos.

4) É muito mais divertido e contagiante!!!

Fonte:

Revista Super Treino, número 11, Dezembro/Janeiro 2005, pág 21.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Alongamento

Os exercícios de flexibilidade e alongamento foram por muito tempo renegados ao segundo plano em programas de exercícios. Sabe-se hoje, porém, que tais exercícios são um dos três pilares que atuam em prol da saúde e bem estar, ao lado das atividades cardíacas (aeróbicas) e de força.

Os exercícios de alongamento trabalham o comprimento dos músculos a fim de se aumentar a flexibilidade e as condições musculares de cada pessoa, que variam em cada caso. ''O alongamento é importante simplesmente porque as pessoas precisam de flexibilidade no dia-a-dia'', explica Abdallah Achour Junior, doutor pela USP em Biodinâmica do Movimento e que há mais de 20 anos realiza pesquisas sobre flexibilidade.

Os exemplos das limitações ocasionadas pela falta de flexibilidade são muitos, como o idoso que tem dificuldades para subir ao ônibus ou abaixar para pegar um objeto no chão.

Além de melhorar a qualidade do movimento, os exercícios de alongamento contribuem para a reorganização postural e combate ao estresse. ''Muitos pacientes se queixam de dores pelo corpo porque passam mais de oito horas sentados numa poltrona de escritório'', afirma o massoterapeuta Kiyoshi Nagaoka, especialista na aplicação de técnicas milenares de tratamento. ''O alongamento eleva a sensação de bem-estar, melhora a circulação e aumenta a produtividade'', destaca.

Gizele de Assis Monteiro, mestre em Fisiologia pela Unifesp, acredita que a tensão muscular pode ser usada como um bom indicador do estresse e da ansiedade. ''Quando essas situações ultrapassam o limite de o organismo suportar o estresse , existe um processo de não-recuperação do organismo, produzindo tensão muscular que terá ainda outros efeitos sobre o comportamento funcional do individuo '', diz ela em seu livro; Psiquiatras e médicos tem recomendado os exercícios de alongamento para o alívio desses sintomas.

Quando há desconforto postural, o individuo pode realizar sessões diárias de alongamento com o intuito principal de relaxar e dormir bem. ''Pessoas que realizam os exercícios em casa devem estar concientes da possibilidade de desenvolver erros de postura. Qlém disso, sessões de dez minutos caracterizam-se como atividades de descontração momentânea, que melhoram a sensação corporal, mas não beneficiam a capacidade física'', explica Gizele. Pesquisas realizadas em animais apontam que o período da tarde é o mais indicado para o alongamento, por ser o momento do dia no qual a temperatura está mais aquecida.

Os especialistas são unânimes ao afirmar que as atividades de alongamento devem começar na idade escolar. ''Assim, estamos preparando esta criança para o futuro e preservando a qualidade de seus movimentos para a fase adulta'', conta Gizele.

Independentemente da idade do aluno, o programa deve ser desenvolvido conforme as necessidades individuais, enfatizando-se os músculos mais utilizados no dia-a-dia, além, dos posturais. Assim, alunos que apresentam encurtamento muscular devem ser orientados de maneira diferenciada. ''É preciso aumentar o período de alongamento das pessoas , com mais esforço mas sem dor'', destaca Achour. O uso de bancos e steps contribui para o desenvolvimento desse trabalho, que deve ser realizado mais frequentemente.

O melhor método para trabalhar a flexibilidade deve ser definido, porém, entre o aluno e o profissional de educação física, considerando-se aspectos psicológicos, físicos e inclusive sociológicos. ''A saúde está relacionda com o que se gosta de fazer. Esporte , não'', indica Achour.

Recentemente, diversos jornais e revistas do País publicaram matérias e artigos afirmando que os exercícios de alongamento contribuem para perda da força de indivíduos. Os especialistas consultados pelo portal Fitness Brasil Club refutam a afirmação. ''São inverdades. Quando os exercícios de alongamento têm duração maior que 40 segundos, podem interferir no treinamento de força, mas de maneira insignificante. Para ter saúde, não é preciso ter força máxima, mas força aliada a flexibilidade'', esclarece Abdallah Achour Junior, doutor pela USP em biodinâmica do movimento.

Fonte: Body Systems News número 31 - Janeiro/Fevereiro/Março 2007

domingo, 11 de janeiro de 2009

Dança X Ginástica


Dança é ginástica? Ginástica é um tipo de dança? Muitas pessoas ainda confundem as coisas. Sem dúvida nenhuma a dança é uma atividade física muito agradável por sinal e que pode gerar benefícios físicos diversos inclusive emagrecer, porém, a ginástica possui caracteristicas diferentes que são determinantes para esclarecer essas dúvidas.


Os objetivos principais das aulas de dança são melhoras na coordenação motora, na sociabilização, na mobilidade entre outros. Os objetivos principais das aulas de ginástica são melhoras na resistência aeróbica, na velocidade de reação, no raciocínio lógico entre outros.


Curiosidade; a ginástica aeróbica mãe de todas as modalidades de ginástica de academia foi criada por uma bailarina americana chamada Jackie Sorensen com o nome inicial de Aerodance, porém, ela se popularizou quando uma atriz americana famosa chamada Jane Fonda transformou esse Aerodance em uma aula de ginástica chamada Aeróbica, quase 40 anos depois a ginástica aeróbica se modernizou e por incrivel que pareça voltou a ser o Aerodance.


No final dos anos 80 a ginástica aeróbica se ramificou em Cardio Funk, Low Impact (baixo impacto) e Hi Impact (alto impacto). No inicio dos anos 90 o Cardio Funk virou Street Dance e Low e Hi se fundiram em Hi Low Impact e vários ritmos diferentes apareceram como aulas de aeróbica como Aerobahia, Samba aeróbica, Afro aeróbica, Salsa Aeróbica etc. Hoje em dia Hi Low praticamente não existe mais e se transformou em Aerodance, alguns ritmos criaram independência como as aulas de Street Dance chamada hoje de Hip Hop, as aulas de Ritmos Latinos e as aulas de Axé entre outros. Estamos comentando apenas essa parte da conexão da dança com a ginástica e deixando de lado outras modalidades fundamentadas em coreografias como as aulas de Step, Jump, Combat e etc.


Como são as aulas de Aerodance hoje em dia? Veja nos vídeos.








sábado, 3 de janeiro de 2009

Step Training


Uma das aulas de ginástica mais fantásticas de todos os tempos.


Sua criadora a americana Gim Miller transformou uma sessão de fisioterapia em uma aula de ginástica. Explicando melhor, Gim fazia fisioterapia para se recuperar de uma lesão no joelho e o exercício era subir e descer de um degrau de uma escada por alguns minutos, ela se chateou com o tratamento acabou colocando uma música de fundo para animar e foi criando novas formas de subir e descer desse degrau, nascia a aula de Step.


A aula foi lançada mundialmente em 1990 e chegou ao Brasil nesse mesmo ano. A melhor professora de Step do Brasil na opinião de muitos professores incluindo eu se chama Cida Conti, depois dela podemos destacar os professores Andrea Vidal, Carol Macário, Alessandra Cersóssimo, Saturno e outros. Fora do Brasil tem dois brasileiros que se destacam bastante que são Gil Lopes e Marco Vilhegas que trabalham respectivamente na Itália e na Alemanha.


No nosso mercado brasileiro as aulas de step tem menor procura do que outras aulas na maioria das academias, isto ocorre porque hoje em dia com a evolução do fitness professores e alunos estão mais ''preguiçosos'', ou seja, é muito trabalhoso montar uma aula de step e montar o processo pedagógico da mesma, por outro lado o aluno tem que estar concentrado do começo ao fim da aula para conseguir aprender as coreografias. Entretanto ''esse é o grande barato da aula'', você treina sem perceber que esta treinando pois esta focado em aprender a coreografia, quando ela acaba é só curtir a sua vitória, para quem gosta de ''quebra cabeças'' é a aula perfeita. Podemos chamar de ''heróis'' os professores que hoje em dia lutam para manter as aulas de step vivas no Brasil, na Europa de acordo com relatos de colegas o Step ainda é uma das aulas mais procuradas nas academias. Faço parte dessa corrente ''Step Forever'' e luto com todas as forças para não permitir o extermínio dessa tão maravilhosa aula. Curtam um pouco o trabalho de grandes mestres dessa modalidade.